[Entrada/Saída] Portão de Otogakure

Inconfundível.

Servindo como ponto de referência, a muralha vista ao longe me guiou até o portão, mas ao que parece, cheguei cedo demais. Ocasionalmente faço isso, realocar minha bandana no local mais visível de meu corpo, a testa. Toda essa questão de identificação é pura perda de tempo, mas embora não compactue com isso, sei que me evitaria injúrios no espaço tão protegido.

Inconfundível.

A gigantesca cruz invertida na região das costas facilitaria que me encontrassem por ali, não que eu fosse permitir que fossem da minha equipe se lentos o suficiente para precisarem disso.

O rastro quebrando a quietude do vento ativou meus reflexos ao máximo, instintivamente agarrei uma kunai e flexionei meu braço na direção que deduzia estar o emissor levando em conta o percorrer do ataque. Meu chakra agiu como uma montanha russa, flui por toda a arma empunhada até que cessei repentinamente, denotando a presença do bendito motivo para estar aqui, Pikkoku. Nessa oportunidade, não pude deixar de perceber a customização sanguínea em sua fardagem, mas não me lembro se aquilo jazia ali anteriormente, uma grande falha minha. De qualquer forma, dizia muito sobre o que enfrentaríamos a seguir.

Sou completamente incapaz de me aprofundar em técnicas marciais, taijutsu em si. Mas nada disso pode evitar o chute na kunai que por pouco não atingira minha cabeça, diferentemente dos outros acordes de meu time, não preciso de esmolas para desempenhar bem minha função. O polegar deslizava afinando meu corpo para tocar lindamente outra vez, limpando a pequena gota de sangue que escorria na orelha e a repassando para a lua no dorso da mão. Simbólico.

— Só algumas... Como rotineiramente, minhas duas púpilas formaram um elo sem interrupção até o mar de leite que eram os olhos de Pikokku, nada interromperia minha indagação. — É mesmo inteligente eliminar um grupo que garante ter relação com o principal inimigo? Só me vem duas coisas na cabeça; ou estamos sendo jogados para cuidar de um grupo inútil que está blefando, ou... A atmosfera viajou até o ártico e trouxe o clima que passou durante os dois segundos que pausei,  sob silêncio absoluto. — É um interesse seu que eles não tenham direito a falar. Tudo era muito suspeito, estarmos dentro do joguinho dela me passava repetidas vezes na cabeça. — Ah, e não menos importante. Se essa garota me atrapalhar, posso mata-la sem culpa? Referi-me a Sayuri, a única naquele time que ainda tinha audácia o bastante para se colocar no mesmo nível que eu. Hattori, por outro lado, demonstrava bastante passividade quanto a tudo que está acontecendo, se ele quer mesmo agir como um soldado, será útil.

— Assim que tudo me for esclarecido, não terei objeções e poderemos ir. Finalizei, acoplando o aparelho de comunicação em meu ouvido.